Poema da coletânea poética Prelúdio do poeta Evanio Teixeira da Academia de Cordel do Vale do Paraíba
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Fonte: sobreotatame.com |
MATUTO TROVADOR
Sou matuto estabanado
Feito angú chei de caroço
Carne dura de pescoço
Teimoso que nem a peste,
O moranguinho do Nordeste
Na prateleira do mercado.
Sou matuto e estou à prova
Politicamente incorreto
Sou o ABC do alfabeto
Desfaçatez da língua culta
Um Lampejar fela da puta
Na cara de quem num gosta.
Sou matuto e compro a briga!
Eu quebro a rima na emenda,
Compro fiado na venda
Mas tenho com o que pagar,
Cachaça, bode e preá
Feito amor de rapariga.
Sou um matuto sem arrogo
Improvisando o meu repente
Macambúzio inconseqüente,
Vou empurrando o leriado...
Cabra véi malacabado
Tirando sarro do povo.
Autor: Evanio Teixeira
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