Pequenos e médios municípios encabeçam lista de feminicídios, é o que mostra estudo. Município paraibano ocupa 4° lugar na lista

Localizada a menos de 20 quilômetros da capital, a cidade de Conde, situada na Região Metropolitana de João Pessoa, estado da Paraíba, está entre os pequenos e médios municípios brasileiros a encabeçar as cidades com maior número de homicídios de mulheres no Brasil é o que aponta estudo.

A cidade de Conde-PB ocupa 4° lugar Na lista dos dentre os 100 municípios com mais de 10 mil habitantes do sexo feminino (com as maiores taxas médias de homicídio de mulheres/por 100 mil), é o que aponta estudo realizado pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), autor do estudo Mapa da Violência 2015: Homicídio de Mulheres no Brasil, apresentado no último dia (9) em Brasília.

Conforme o pesquisador os 100 municípios com mais homicídios de mulheres concentram só 2% do total de assassinatos, enquanto os municípios com mais homicídios de homens concentram 15% do total de mortes. “Homicídios de homens estão mais concentrados que os de mulheres, e isso cria uma certa dificuldade de enfrentamento. Chegar aos pequenos municípios é o desafio, já que os grandes têm seus instrumentos, como as delegacias da mulher”, disse Jacobo.

Na matéria assinada por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil no site http://www.ebc.com.br/ a matéria pode ser lida na sua integralidade. Segundo o estudo, entre 2003 e 2013, o número de mulheres assassinadas passou de 3.937 para 4.762, incremento de 21,0% na década. Entre 2006, ano da promulgação da Lei Maria da Penha, e 2013, apenas em cinco estados registraram quedas nas taxas de homicídios de mulheres: Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro.

Para a ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, os dados mostram uma lamentável articulação entre desigualdade regional, de raça, socioeconômica e de gênero, e aponta para uma sociedade que “ainda é patriarcal, racista e sexista”. Apesar disso, para ela, os dados vão ajudar os governos a pensar e aprimorar políticas públicas, além de serem trabalhados nas escolas e universidades e com os movimentos sociais.

A secretária Menicucci espera que, com a nova Lei do Feminicídio deverá ajudar a reduzir as taxas, já que aumenta as penas e tipifica os assassinatos de mulheres. O Mapa da Violência apontou que, dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013, 2.394, isso é, 50,3% do total foram cometidos por um familiar da vítima. Já 1.583 dessas mulheres foram mortas pelo parceiro ou ex-parceiro, o que representa 33,2% do total de homicídios femininos nesse ano de 2015.

Redação do blog com informações do site Empresa Brasil de Comunicação